terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Jesus deve ser o centro da nossa vida e pregação!

Testemunha de quem? – Parte 2
Após receber uma reposta muito interessante em minha página do Facebook, sobre o tema “Testemunha de quem?”, resolvi postar a resposta diretamente neste blog, devido ao tamanho do texto.
Testemunhamos a Cristo por que é assim que a Bíblia ensina e ponto. Jesus testemunha de seu Pai, Deus, e nós levamos o testemunho de Cristo, justamente por que só Cristo nos conduz ao Pai. Quero dizer que a mensagem do evangelho é cristocêntrica, pois assim era a mensagem que Paulo pregava como veremos a seguir nas referências que serão citadas.
Romanos 10.13: “por que: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”
Paulo escreveu esta carta aos irmãos que estavam em Roma, e citou um texto do AT que se encontra em Joel 2.32. A Bíblia está cheia de referências ao “nome do Senhor”, inclusive o mandamento que diz “não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”. Os judeus temem tanto este mandamento que até hoje muitos se referem a Deus como “O Nome”.
Quando a Bíblia fala sobre o nome de Deus, refere-se à sua personalidade única e poder. É a referência à pessoa de Deus, mesmo que chamemos de Pai, como fez Jesus em suas orações, ou Senhor, ou Deus. A Bíblia em Mateus 28.19 nos manda batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: O nome do Pai ninguém sabe exatamente, apenas sabemos como os antigos judeus o chamavam, o nome do Filho é Jesus, mas este é o nome dele quando foi encarnado, ninguém sabe qual é seu verdadeiro nome, embora seja chamado nos céus de “A Palavra”, conforme Apocalipse 19.13, e o nome do Espírito Santo a Bíblia também não revela. É claro que quando ela diz “batizando-os no nome do...” está se referindo à autoridade que há de Deus em nós para batizarmos com o aval d’Ele.
Outro exemplo interessante é encontrado no livro de Números 6.27: “assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei”. Pôr o nome de Deus neste caso não é chamá-los por algum nome pessoal dado a Deus, mas abençoar em nome do Senhor, isto é na obediência à Palavra do Senhor, com a autoridade do Senhor Deus.
Jesus Cristo é o Senhor, e é invocado pelos seus servos. Veja as referências:
1 Coríntios 1.2: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor tanto deles, como nosso.
“Senhor” neste texto é muito mais do que um pronome de tratamento. Isto fica claro no texto de 2 Coríntios 12.3 que diz: “ninguém pode dizer que Jesus é Senhor senão pelo Espírito Santo”. Se “Senhor” com referência a Cristo fosse somente uma forma respeitosa de chamar, qualquer um poderia assim chama-lo sem a necessidade de revelação da parte de Deus. Mas chamar a Jesus de “Senhor” significa muito mais, é reconhecê-lo como Filho de Deus, que tem portando a mesma essência do Pai. Como diz o texto de João 5.22: “Para que todos honrem ao Filho assim como honram ao Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou”.
Ora, a Bíblia diz que há um só Senhor: “para nós, contudo, há um só Deus, o Pai, de quem é todas as coisas e para quem nós existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por quem são todas as coisas, e nós outros, por ele.” (1 Coríntios 8.6)
Único Senhor dito neste texto se referindo a Jesus pode ser lido sendo referido ao Pai em Deuteronômio 6.4: “Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor.”
Tanto Pai como Filho, são chamados de único Senhor, e a Palavra diz em Romanos 10.13: “por que: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
A grande pergunta é: Se os irmãos em todo lugar invocavam ao nome do Senhor Jesus como disse Paulo no texto de 1° Coríntios cap.1, e se todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, a quem Paulo clamou para ser salvo? A Bíblia responde então leia com atenção:
Atos 22.14-15:
O Deus de nossos pais te designou de antemão para conhecer a sua vontade, ver o Justo e ouvires uma voz da sua boca, por que hás de ser sua testemunha para com todos os homens das coisas que tens visto e ouvido.  Agora por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava teus pecados, invocando o seu nome.
Quem foi este, chamado de “Justo” a quem Paulo viu, ouviu, foi testemunha, e foi lavado dos pecados pelo batismo invocando o seu nome? Novamente a Bíblia responde:
Atos 9.3-5,17:
“Caminhando ele, ao aproximar-se de Damasco, subitamente resplandeceu em redor dele uma luz do céu; e caindo em terra ouviu uma voz dizer-lhe: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus a quem tu persegues.
“Saulo, irmão, o Senhor Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo.”

Diante destas verdades bíblicas, podemos compreender por que a mensagem de Paulo tinha Cristo no início, meio, e fim. Sempre.
Continuemos no livro de 1° Coríntios onde percebemos o teor da mensagem de Paulo, o maior pregador evangélico que já existiu:
Cap. 1, vs. 17: “Pois Cristo enviou-me não para batizar, mas para evangelizar...”
Cap. 1, vs. 23: “mas nós pregamos a Cristo crucificado...”
Cap. 1, vs. 24: “mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus...”
Este é lindo: Cap. 2, vs. 2: “Pois nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado...”
Cap. 3, vs. 11: “Pois ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.
Cap. 4, vs. 10: “Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo!”
Cap. 4, vs. 15: ”pois eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo...”
Cap. 11, vs. 1: “sede meus imitadores como eu sou de Cristo”.
Filipenses 1.21: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”
Gálatas 2.20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”
O que foi que Paulo disse ao rei Agripa?
Atos 26.15,18: “Disse eu: Quem és, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus a quem tu persegues; mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci, para te fazer ministro e testemunha, tanto das coisas em que me tens visto, como daquelas que te hei de aparecer; livrando-te deste povo e dos gentios, aos quais te envio para lhes abrir os olhos, a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim.”
Analise o leitor sem a minha ajuda, pesquise na Bíblia e entenda o que Deus quiser revelar.
Quando eu era mais novo, ainda solteiro, sempre que a campainha tocava pela manhã as pessoas já diziam: “É TJ, vai lá Luis Paulo”. E eu ficava um bom tempo conversando. O interessante é que já me falaram que não existe vida após a morte, que o Espírito Santo não é uma pessoa, que Jesus não é Deus, que o inferno não existe, que só 144 mil vão para o céu, etc. Nunca me disseram “vim falar sobre Jesus com você”. O foco nunca foi Cristo em nossas conversas. Nunca mesmo.
Pergunte a um TJ: O que fazer para ser salvo? Isto mesmo, pergunta a ele: se eu tiver apenas 10 minutos de vida, o que você iria sugerir para que eu me salvasse? Não daria tempo de participar de um estudo, nem de entender tantas doutrinas. Poderia eu ainda assim, do ponto de vista TJ ser salvo?
Certa vez perguntei a uma pessoa muito dedicada no salão do reino: Se eu fosse um criminoso que tomou um tiro durante um assalto, e tivesse apenas uma hora de vida num leito de hospital, que tipo de como você me evangelizaria? Eu teria esperanças de ressuscitar e viver ao seu lado no paraíso? Então este colega fez um belo discurso sobre a misericórdia de Deus, sobre mudança de atitudes, de pedir perdão a Jeová, mas no seu discuso NÃO DISSE SEQUER UMA VEZ O NOME “JESUS”, NEM FEZ QUALQUER REFERÊNCIA AO SACRIFÍCIO DE CRISTO. Chegou a dizer que se tivesse mais tempo, até deveria mostrar que mereço ser salvo, e ainda disse que a morte pagaria os meus pecados, pois o salário de pecado é a morte. Será que é este o evangelho que Paulo pregava?
Como falar de salvação sem falar de Jesus Cristo, que morreu a nossa morte para que vivêssemos a sua vida? Que pagou o preço do nosso pecado, morrendo sobre a cruz? O pecado gera morte, por isto a morte é o salário do pecado, mas quem tira de nós o pecado nos justificando perante Deus, é só Jesus Cristo, pela sua morte e ressurreição.
O ladrão da cruz não teve tempo de ser doutrinado. Foi salvo SOMENTE pela fé em Jesus e é esta fé verdadeira que o Senhor, o nosso Senhor quer plantar em nossos corações. O evangelho que Paulo pregava se baseava não em sabedoria humana, mas em poder de Deus para a salvação. Analisem com o coração aberto, sem as rédeas da religião, e que o Espírito Santo ilumine o vosso entendimento.
Em Cristo, nosso Senhor e Salvador eterno,
Luis Paulo Silva.

domingo, 27 de janeiro de 2013

O que a Biblia diz sobre o inferno?

Já pensou se para compreender as doutrinas da Bíblia fosse necessário conhecer as línguas originais nas quais a Palavra de Deus foi escrita? Seria apenas uma minoria estudiosa que compreenderia as verdades sagradas. Mas este não é o plano de Deus. Jesus orando certa vez disse:

"Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou ó Pai, Senhor do céu a da terra, por que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos, sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado." (Mateus 11.25)

Deus só revelas as suas verdades a quem deseja, e utiliza um meio muito importante para que ocorra esta revelação: o seu Espírito Santo, conforme 1 Coríntios 2.13-14:

"Disto também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, e não pode entende-las, por que elas se discernem espiritualmente."  

Por isto, devemos rejeitar qualquer fonte outra fonte "exclusiva" de interpretação da Bíblia. Leia, ore, procure entender, e se houver dificuldade, procure ajuda a pessoas sérias. Recuse qualquer pensamento pré-moldado.

Alguém já foi à sua porta dizer que o inferno como se crê popularmente não existe e que na Bíblia inferno significa “sepultura”? O que aconteceu então? Você nunca frequentou uma igreja, ou leu poucas vezes a Bíblia Sagrada e engoliu este ensinamento gerando profundos questionamentos em sua mente. Por este motivo é que desejo trazer alguns textos bíblicos para que possamos compreender melhor o tema. Para ajudar no entendimento, resolvi colocar aqui as perguntas mais usadas pelas Testemunhas de Jeová, que assim como os Adventistas, não creem na existência de um inferno literal.

1. Se Deus é bom, como poderia ter criado um lugar tão terrível?

Deus é perfeitamente santo, perfeitamente bom e perfeitamente justo. Algumas coisas vão além da nossa compreensão, por exemplo: Se Deus é bom, ele mandaria matar crianças inocentes? Na Bíblia encontramos textos onde Deus manda o seu povo destruir outras nações e não deixar vivos nem velhos, nem crianças e nem os animais! Aqui Deus está aplicando a sua justiça, pois a misericórdia dele com estes povos já havia cessado. Leia 1 Samuel 15.3:

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Castigarei a Amaleque pelo que fez a Israel quando se lhe opôs no caminho, quando este subia do Egito. Vai agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver. Nada lhe poupes; matarás a homens e mulheres, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos.”

Será que a bondade de Deus que não o impediu de poupar crianças de peito, o impediria de punir eternamente no inferno aqueles que não fazem a sua vontade e não cumprem o seu propósito durante a vida?

O inferno foi criado para o diabo e seus anjos, não para o homem, mas como veremos a seguir, por fazer as obras do diabo é que o homem recebe o mesmo destino. Isto fica claro no texto de Mateus 25.41:

“Dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo esterno, destinado ao diabo e seus anjos”.

Deus manifesta o seu amor por nós através da entrega de seu unigênito filho para morrer em nosso lugar, pagando o preço pelos nossos pecados. Mas será salvo somente aquele que crê em Jesus, aquele que não crê já está condenado (Jo3.16-19).

 

2. Você criaria um lugar de chamas eternas para um filho seu? Por que então Deus jogaria alguns dos seus filhos num fogo eterno?

Engraçado: Quando ensinam que mesmo se um filho precisar de doação de sangue, deve ser negada, mesmo que isto o leve à morte, os Testemunhas da STV não perguntam “será que você deixaria seu filho morrer por falta de uma atitude de amor e humanidade?”. Não. Pelo contrário: Ensinam que não se deve doar sangue baseados num texto que diz que Deus reprova comer comida com sangue, pois no sangue está a vida. Naquela época, há mais de cinco mil anos atrás nem se imaginava que seria possível uma transfusão de sangue. Qualquer pessoa de mentalidade sadia sabe que alguém que recebe doação de sangue não o está bebendo nem cometendo vampirismo, não tem nada a ver uma coisa com a outra. Os cristãos verdadeiros se abstêm de ingerir comidas que contenham sangue dentre seus ingredientes, mas quando se trata de salvar vidas através de uma doação de sangue, consideramos o que diz a Bíblia em 1 João 3.16:

“Por isto conhecemos o amor, porque Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos”.

A pergunta envolvendo filhos é indutiva e covarde, pois não explica ao interlocutor os detalhes envolvidos. Primeiro, por que os que vão para o inferno não são filhos de Deus. Em João 1.12 lemos: “Mas a todos que o receberam, àqueles que creem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus – filhos nascidos não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.

A pessoa se torna filho de Deus após o novo nascimento que é operado pelo Espírito Santo em nosso interior, logo no inferno não haverá nenhum filho de Deus.

3. Quem irá para o inferno? O lago de fogo da Bíblia foi feito para sofrimento ou extinção?

Somente pessoas que pecaram e não se arrependeram, nem deram atenção às palavras maravilhosas de vida que proferidas foram por Jesus e seus servos é que irão para o inferno:

João 8.44: “Vós pertenceis ao vosso pai, o diabo e quereis executar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, pois não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira”.

1 João 3.8: “Quem comete pecado é do diabo, por que o diabo peca desde o princípio”.

Isto é: Quando o homem mata, rouba, prostitui-se, ou comete outros pecados sem arrependimento, está declarando se quem é filho: Do diabo, e terá o mesmo destino que ele; o lago de fogo. Leia Apocalipse 21.8:

“Mas quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte”.

Onde serão lançados os homens que se tornaram crias do diabo? No lago de fogo! Para extinção ou para o sofrimento? Vamos deixar a Bíblia responder, então leia com atenção o texto de Apocalipse 20.10:

“E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”.

Em Apocalipse 19.20, lemos que a besta e o falso profeta foram lançado no lago de fogo mil anos antes. Agora, chega a vez de o diabo ser lançado lá também, e o que a Bíblia diz? Que no lago de fogo ainda estão a besta e o falso profeta quando o diabo foi lançado, isto é, o lago de fogo é o lugar definitivo daqueles que se afastam de Deus e não serve para extinção, mas para o sofrimento eterno, pois conforme lemos, “serão atormentados para todo o sempre”.

Além disto, o próprio Jesus disse em Marcos 9.47-48 que lá o fogo não se apaga, e o bicho (o homem) não morre:

“Se o teu olho te servir de pedra de tropeço, arranca-o; melhor é entrares no reino de Deus com um só de teus olhos, do que, tendo os dois, seres lançados na Geena, onde seu verme não morre e o fogo nunca se apaga”.

O lago de fogo citado aqui é muito pior do que o inferno. No inferno o homem entra somente com a sua alma logo após a morte (Leia Lucas 16.19), mas no lago de fogo, entrará com corpo e alma.

Mateus 10.28: “Não temais aos que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temam, antes, aquele que pode fazer perecer na Geena tanto a alma como o corpo.”.

Lucas 12.4-5: “Digo-vos amigos meus, não temais aos que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Mas eu vos mostrarei a quem temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder de lançar-vos na Geena”.

Veja que nestes textos, Jesus diz que Deus tem poder para lançar na *Geena tanto a alma quanto o corpo, isto é, após a ressurreição dos mortos, quando todos serão ressuscitados para receber a recompensa do que fizeram em vida no julgamento final:

Daniel 12.2: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão; uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno”.

Uma aniquilação rápida e definitiva não exige um fogo eterno. O fogo é eterno por que gerará dor eterna naqueles que estiverem nele.

Geena é uma palavra que se traduz “inferno” em outras traduções, mas representa o lugar definitivo daqueles que se encontram no inferno hoje. Após o juízo final, o próprio inferno com tudo o que há nele será removido e lançado no lago de fogo:

Apocalipse 20.12-14: “Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; livros foram abertos, e foi aberto outro livro, que é o da vida, e foram julgados os mortos pelas coisas que estavam escritas nestes livros segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que nele havia, a morte e o inferno entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado segundo as suas obras. A morte e o inferno foram lançados no lago de fogo, esta é a segunda morte, o lago de fogo”.

Amigos, a existência do inferno literal bíblico não depende da sua crença. Se você crer, Jesus disse que ele existe, e se você não crer, ele continua dizendo que o inferno existe, e não foi criado para você, mas para o diabo. Os homens que vão ao inferno, vão por conta de suas próprias atitudes contra a santidade de Deus, afinal, serão julgados segundo as suas obras.
Naquele que era, que foi e que há de vir,
LPS

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Esclarecimentos sobre a imortalidade da alma


1.       Os diversos significados de “alma” apresentados na Bíblia.

Muitos têm discutido hoje se ao morrer o ser humano permanece consciente em sua alma ou não. Os Adventistas do Sétimo Dia (grupo pelo qual guardo grande admiração e respeito) e Testemunhas de Jeová, por exemplo, creem que ao morrer o homem não tem consciência, tampouco é levado ao céu nem ao inferno, mas sepultado, fica aguardando o dia da ressurreição. Nós, porém, cremos que ao morrer estaremos com Cristo em nossas almas e espíritos, mas não num estado definitivo, pois só na ressureição do arrebatamento é que teremos corpo, alma, e espírito transformados num corpo glorificado semelhante ao de Cristo Jesus (1 Tess 4.13-17; 1 Co 15.35-55).

O livro de Eclesiastes, por exemplo, é cheio de citações dizendo que findando a vida aqui na terra, não há mais nada a ser feito (Eclesiastes 9.10).  É importante lembrar que o livro de Eclesiastes se trata de um homem filosofando sobre tudo o que “viu” e “debaixo do sol”. O livro trata do homem neste contexto apenas, terreno. Podemos compreender as suas declarações sem problema algum, colocando-as dentro do contexto de tudo o que a Bíblia diz sobre o assunto.

São muitos os textos da Bíblia que tratam sobre a alma, e vários deles diferem no significado da palavra. Por isto não podemos dar a alma uma só definição (sangue, vida, intelecto), pois em outros textos, a palavra acabaria por não ter sentido nenhum. Veja estes textos extraídos da Bíblia Sagrada:

“Da comunidade dos que creram o coração era um, e a alma, uma, e nenhum deles dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas tudo entre eles era comum.” Atos 4.32.
Observe que não se aplica aqui nenhuma das definições dadas em outros textos da Bíblia, isto é, sangue, etc. Aqui diz que o propósito deles era o mesmo e que havia solidariedade uns para com os outros, a “alma” deles era uma, assim como o “coração”.

“As vossas luas novas e as vossas festas fixas a minha alma as aborrece...” Isaías 1.14
Aqui este texto se refere a Deus que esta descontente com a procedência do povo de Israel, Deus tem sangue? A vida de Deus é como a nossa? Não. Assim também, temos “alma” como sede do intelecto.

Temos textos que nos apresentam a alma referindo-se ao indivíduo integralmente:

“Todas as almas que saíram da coxa de Jacó eram setenta.” Êxodo 1.5. Observe que “almas” neste texto pode muito bem ser substituído por “pessoas” sem ferir em nada o significado do texto.

2.       Alma como parte integrante do ser humano.

A Bíblia ensina que o homem é composto de três partes distintas: corpo, alma, e espírito. Veja nos textos a seguir:

“O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados completos, irrepreensíveis, para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”.
1 Tessalonicenses 5.23.

“Pois a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, que penetra a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e pronta para discernir as disposições e pensamentos do coração.”. Hebreus 4.12.
Nesta passagem vemos claramente: alma, espírito e corpo representado por junta se medulas.

Ao morrermos, o nosso corpo vira pó e aguarda a ressurreição, já o nosso espírito e alma permanecem com a mesma consciência fora do corpo. Analise os textos a seguir:

Lucas 16.19.22-23

“Morreu o mendigo e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. No Hades, estando em tormentos, levantou os olhos e Abraão e Lazaro no seu seio.”

Este texto é erroneamente interpretado como parábola. A pergunta é: onde está escrito que se trata de uma parábola? Jesus em momento nenhum dá a entender que seja, pelo contrário, esta passagem se difere das parábolas na sua construção, e mesmo se fosse uma parábola, pergunte-se: Jesus se utilizaria de uma mentira para ilustrar uma verdade?
Segundo a tradição judaica, havia no Hades uma divisão onde de um lado ficavam os fiéis a Deus em descanso, e do outro, os infiéis em tormentos, daí o motivo de Jesus proferir este ocorrido como o fez. Após a morte de Jesus, os santos do antigo testamento foram levados por Cristo ao céu, para onde todos os santos vão, após a morte e antes da ressurreição. (Ef 4.8-10; 1Pd 3.18-20; Jo 14.1-3).

De qualquer forma, não podemos utilizar apenas um texto para compreender uma doutrina tão importante para nós. Vejamos outras citações da Bíblia:

1 Reis 17.21-22

“Estendeu-se sobre o menino três vezes, e clamou a Jeová, e disse: Ó Jeová, meu Deus, faze que a alma deste menino torne a entrar nele. Jeová ouviu a voz de Elias, e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.”
Compare os textos e veja que aqui, a alma é a mesma que lemos em Hebreus 4.12 e 1 Tessalonicenses 5.23. Não é apresentada como o intelecto, nem como o ser como um todo, mas como o que é em essência: a parte indestrutível do homem que resiste à morte do corpo.

Continuando com o nosso raciocínio com base nas escrituras, temos ainda um texto interessante e indispensável a este estudo:

Mateus 10.28:

“Não temais aos que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer na *Geena tanto a alma como o corpo.”

Lucas 12.4-5:

“Digo-vos amigos meus, não temais aos que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Mas eu vos mostrarei a quem temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder de lançar-vos na *Geena”.

*Geena é uma palavra que se traduz “inferno” em outras traduções.

O texto diz que após a morte do homem, Deus pode lança-lo no inferno. Como seria isto possível se ao morrer o homem deixasse de existir? O texto diz que o homem pode matar o corpo, mas não a alma, isto é, após a morte do corpo a alma continua viva, e só Deus tem poder sobre ela.
3.       O Apóstolo Paulo e a imortalidade da alma

Filipenses 1.20-24:

“... Cristo será engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Mas se o viver na carne resultar em fruto do meu trabalho, não sei então o que hei de escolher. Porém de ambos os lados estou em aperto, por que tenho o desejo de partir e estar com Cristo, pois é muitíssimo melhor; mas o permanecer na carne é necessário por vossa causa.”

2 Coríntios 5.6-8:

“Temos, portanto, sempre bom ânimo e sabemos que, enquanto estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor (por que andamos por fé, e não por visão); temos bom ânimo, digo, e antes queremos estar ausentes do corpo, e presentes com o Senhor.”

Paulo diz aos cristãos destas cidades que estando no corpo(com eles) estaria ausente de Cristo, mas estando fora do corpo, estaria já com Cristo.

Em Apocalipse 6.10-11 lemos sobre as almas que clamam por justiça debaixo do altar de Deus. Alguns teólogos comparam este texto com Gênesis 4.10, mas basta ler com calma os dois textos dentro do contexto de cada um para se perceber que são duas situações completamente diferentes.

Luis Paulo Silva

A falácia das Testemunhas de Jeová sobre o “pequeno rebanho”

 
 

Certa vez ao conversar com um colega de trabalho que pertence ao grupo religioso denominado Testemunhas de Jeová, me deparei com uma doutrina um tanto curiosa: Segundo ele, havia mesmo pessoas que iam para o céu, como Moisés, Elias, Enoque, e os 144 mil citados no livro do Apocalipse. Estas pessoas estariam inclusas num grupo chamado por Jesus de “pequeno rebanho”. Seria uma classe especial de pessoas, e enquanto elas estariam no céu, os demais fiéis a Jeová estariam na terra reinando por toda a eternidade. O texto bíblico usado por ele para me apresentar tal doutrina foi o livro de Lucas 31.32-34 que diz:
“Não temas pequeno rebanho; pois é do agrado de vosso Pai dar-vos o reino. Vendei o que possuis e dai esmolas; fazei para vós bolsas que não envelheçam, um tesouro inexaurível nos céus, onde o ladrão não chega, nem a traça rói; porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”
Este texto é um tropeço enorme para quem ensina que herdaremos a terra e não o céu, pois Jesus declara que o nosso tesouro está nos céus e não na terra. Qual seria então a melhor solução? Formular uma doutrina que diz que somente aqueles que ouviram esta palavra e outro pequeno bocado de gente é que estão inclusos neste grupo que herdará os céus. O meu objetivo com este estudo simples e direto é jogar por terra esta heresia para saúde daqueles que possam estar sendo enganados por esta falácia.



1. O que Jesus disse ao chamar os seus discípulos de “pequeno rebanho”?
Em Lucas 12 o contexto nada tem a ver com um grupo diferente de cristãos que seriam privilegiados com um lugar nos céus. Jesus aqui conversa com os seus discípulos sobre o cuidado de Deus para com o seu povo. São chamados de pequeno rebanho aqueles que eram o início da igreja de Cristo, isto é, os discípulos. Rebanho numa linguagem figurada pois Jesus é o bom pastor que dá a vida pelas suas ovelhas (João 10.1-11 e Mateus 25.31-34). A igreja de Jesus é o seu rebanho, não pequeno, pois agora é grande e serão uma grande multidão que ninguém poderá contar (Apocalipse 7.9; ver também capítulo 19).


2. Existe algum pequeno rebanho no livro de apocalipse?
Segundo o nosso amigo, quando a Bíblia se refere à grande multidão (Ap 7.9; 19.1) está falando dos fiéis que herdarão a terra, e quando fala dos 144 mil (Ap 7.1-8), refere-se a esta classe especial de pessoas, que inclui os profetas, apóstolos, e algumas pessoas selecionadas, isto é: o tal pequeno rebanho. Mas será que isto tem base bíblica? Vamos tentar responder a isto nas próximas linhas.
Os 144 mil de Apocalipse 7.1-8: Em primeiro lugar, 144 mil é um número simbólico, pois 12 é o número que representa o povo de Deus na Bíblia (12 tribos, 12 apóstolos). Compreendemos isto também por que não existe tribo de José, que é citada no verso 8, e caso fosse literal este texto, não haveria nenhum TJ no céu, pois todos os 144 são judeus. Além disto, os 144 são virgens, conforme Ap 14.4. Será que Pedro, que era casado poderia ser virgem? Certamente não. Mas segundo a interpretação TJ o pequeno rebanho que herdaria o céu incluía os discípulos de Jesus. Entendemos então que a virgindade dos 144 representa a santidade dos servos de Jesus. Ora, se o fato de serem virgens é simbólico, a origem judaica dos 144 mil é simbólica também, por que seria a quantidade deles literal? Não faz sentido algum. Os que creem em Cristo Jesus são judeus espirituais, e são a estes que a passagem se refere conforme Gálatas 3.6-9 e Romanos 4.9-17.
A grande multidão em Apocalipse 7.9; 19.1: Quem disse que a grande multidão estaria na terra e não no céu? A Bíblia é que não tem nada a ver com isto, pelo contrário, o que diz Apocalipse 19.1-6? “Depois destas coisas ouvi no céu como que uma voz de numerosa multidão...”. João estava no céu, e ouviu no céu. Se ele estivesse no céu e a multidão na terra, ele teria dito: ouvi do céu. Percebeu a diferença?
No final, compreendemos que a grande multidão e os 144 mil são a mesma coisa, somente apresentados de maneira literal em alguns textos e de maneira simbólica em outros.
 3. Existe diferença entre o rebanho pequeno e a igreja de hoje?
Não. Ao pequeno rebanho disse Jesus que iria acrescentar outras ovelhas, e não criar outro rebanho diferenciado e de categoria menor. Iria ele acrescentar com a finalidade de que houvesse um só rebanho e um só pastor, e isto pode ser lido claramente em João 10.16.
Em João 14.1-3, Jesus promete vir, e buscar a igreja dele para que estejamos com ele e diz que há muitas moradas no céu, e não uma quantidade específica. Compare este texto com Filipenses 3.20 que diz que nossa pátria está nos céus. Lembre-se que estes que tem a sua pátria nos céus a quem Paulo se referiu são os crentes de Filipos, que não eram judeus.
Outro texto importante para se meditar dentro deste contexto é o de 1 Tessalonicenses 4.16,17 que diz: “... e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares...”. Isto é, seremos arrebatados juntos, todos os crentes.
 
Conclusão
O Evangelho de Cristo é poder de Deus para salvação (1 Co 1.18) . Infelizmente muitos que se dizem cristãos trocam a sabedoria que o Espírito Santo dá, por interpretações humanas e sem sentido algum, vindo da Torre de Vigia. Distorcem a Palavra de Deus para sua própria condenação não reconhecendo o Filho de Deus, e renegando a pessoa do Espírito Santo. Não podemos esperar que estes nos mostrem o caminho, pois já estão fora do caminho que é Jesus.
 
Luis Paulo Silva.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Breve reflexão sobre Mc 10


Aprendendo com Nicodemos (o que não fazer)


Nicodemos é apresentado como um dos principais dos judeus. Ele era homem conhecido do povo e ensinava nas sinagogas, e imagine:se alguém tinha alguma dúvida ou se queria ouvir algo sobre a lei procurava homens como Nicodemos.

Se lermos o cap. 3 e 4 do Evangelho de João, podemos chegar à compreensão de que existem pelo menos dois tipos de pessoas que afirmam conhecer a Deus: aqueles que ouvem e sabem coisas sobre Deus, e aqueles que andam com Deus, e assim o conhecem pelo seu caráter e pala obra realizada em suas próprias vidas.

Nicodemos mostrou fazer parte do primeiro grupo ao se encontrar escondido na calada da noite com Jesus, declarando:

“Rabi, sabemos que és mestre, vindo de Deus. Pois ninguém poderia fazer estes sinais miraculosos que tu fazes, se Deus não fosse com ele.” (Jo 3.2)

Faltava a Nicodemos coragem para assumir sua condição diante de Deus. Se escondia talvez por que se alguém o visse conversar com Jesus, logo saberia que o Mestre Jesus era maior do que qualquer mestre em Israel. Então ele agia se escondendo e se manifestava com palavras, como se estivesse declarando fé em Jesus. Esta demonstração incoerente não agradou a Jesus, por isto, ele simplesmente ignora a declaração de Nicodemos. Esta atitude lembra a reação de Jesus diante do mancebo de qualidades, e diante de todos bajuladores que se aproximavam de Cristo com a intenção de tornar aparente uma sabedoria ou santidade que na verdade eram falsas.

Ao invés de prosseguir com o assunto de Nicodemos, Jesus vai direto ao ponto e declara com veemência:

“Em verdade te digo que quem não nascer de novo não pode ver o reino de Deus”. (Jo 3.3)

Nicodemos afirmou crer em Jesus por que sabia dos milagres que Jesus realizava, e esta não era uma fé baseada em experiência pessoal, não tinha bases sólidas para torná-lo um seguidor de Cristo.

A vida, testemunho e caráter de Jesus, junto ao fato de em tudo ter sido tentado, mas sem pecado (1 Pe 2.21,22; Lc 23.41; Jo 8.46; 1 Jo 3.5; Hb 4.15) é que atestam a sua natureza e dão sentido à sua missão.

Nota-se uma grande diferença entre a resposta de Jesus a Nicodemos e a que foi dada a Pedro quando os discípulos foram questionados sobre o que diziam a seu respeito.

“Perguntou-lhes ele: E vós, quem dizeis que sou?
Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo.
Respondeu-lhe Jesus: Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne ou sangue que to revelou, mas meu Pai que está nos céus .” (Mt 16.15-17)

O propósito de Jesus é que o homem reconhecendo o seu estado para que através da sua graça que frutificará em obediência aos seus mandamentos, seja salvo. Jesus cita o nascer da água (lavagem dos pecados mediante as águas batismais e nova vida pela ressurreição de Cristo) e do espírito (receber o Espírito Santo para transformação do ser para andar em santidade e receber os dons espirituais). Este é o verdadeiro conhecimento de Deus, e que conduz à vida eterna. Leia: Atos 2.38; Atos 22.16; Romanos 6.3 e 4; 1 Pedro 3.21.

Se compararmos novamente os textos do Evangelho de João capítulos 3 e 4, vemos um claro exemplo do contraste entre o conhecimento meramente religioso e carnal e o conhecimento pela experiência com Jesus. João 4 fala sobre uma mulher samaritana que nada sabia sobre Jesus, mas ao encontrar-se com Ele, teve a sua experiência pessoal e saiu logo a frutificar para o reino de Deus.

Esta mulher é o oposto completo de Nicodemos: ele é um dos principais dos judeus; ela é reconhecida pecadora e samaritana. Ele logo se apresenta com grande conhecimento; ela derrama sobre Jesus todas as suas dúvidas que a religião não pôde responder. Ele após se encontrar com Jesus voltou para sua rotina para usufruir de seu status; ela, “deixando o cântaro” (João 4.28) foi anunciar Cristo à sua cidade e por causa dela muitas pessoas creram em Jesus.

O texto de João 4.42 relata o que declararam os samaritanos que através desta mulher se encontraram também com Cristo: “Já não é pelo teu dito que nós cremos, agora nós mesmos o ouvimos falar, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo. Glória a Deus por esta declaração correta a respeito de Jesus, não apenas um mestre como disse Nicodemos, mas o Salvador do mundo!

Qual é o seu nível de conhecimento com Jesus? A qual grupo você pertence, àqueles que só ouvem falar ou àqueles que já tiveram um encontro real com Deus?

Caso você sinta necessidade de se encontrar com Cristo Jesus, o Salvador do mundo, ele está com os braços abertos para recebê-lo em seu Reino. Conhecer a Jesus e nascer de novo gera certeza, convicção de fé, paz na alma, desejo pelas coisas de Deus, e acima de tudo, a salvação da sua alma e perdão dos pecados.

Que o Senhor Jesus, o Salvador do mundo te abençoe.

Em Cristo,

Luis Paulo Silva.

 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O chamado de Deus e suas implicações – parte 2


 

Lucas 9.23-27 e Lucas 10:

Jesus já se relacionava com os discípulos por algum tempo e havia selecionado doze deles e chamou-os de apóstolos (Lc 6.12-16). Os discípulos já haviam recebido autoridade de Jesus para expulsar demônios, curar enfermos e realizar maravilhas (Lc 9.1-6).

Quando lemos as palavras de Jesus em Lucas 9.23 de forma descuidada, não percebemos algo interessante: elas foram ditas aos discípulos e não às pessoas que ainda desconheciam todos os seus ensinamentos anteriores. Isto quer dizer que a orientação: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz e siga-me.” Foi dada a estes discípulos que já tinham tanta experiência com Jesus quanto pouco cristãos que vivem hoje. Serve para todos por que a cruz é diária. Jesus dá a entender que não existe chamado sem cruz, logo alguém que deseja andar com Cristo precisa aprender a carregar a sua própria cruz e segui-lo.

Além destas exigências de Jesus para com os seus seguidores, encontramos em Lucas 9.57-62 uma lição muito importante: Quem deseja seguir a Jesus deve estar disposto a romper vínculos. Um homem diz: “Deixa que primeiro eu vá enterrar meu pai”, outro: “deixa-me primeiro despedir dos que estão em minha casa”, e Jesus não foi compreensivo com nenhum deles. Fazer a obra de Deus, andar com Cristo, muitas vezes exige uma escolha caso a família, amigos e outros vínculos representem algum empecilho à obra de Deus.

No capítulo 10 são dadas basicamente as mesmas instruções que receberam os doze quando foram enviados por Jesus, mas agora são “outros setenta” que vão fazer a obra. Estas instruções, porém, parecem ser mais completas, e eis alguns pontos interessantes que vale a pena mencionar nesta meditação:

1)      Jesus declara que os ceifeiros eram poucos (vs.2). Se naquele tempo já era escassa a pregação do evangelho, pense na situação atual do mundo em nossos dias, quando o Evangelho é falsificado por muitos, que trocam mensagem da cruz pela mensagem da prosperidade financeira, triunfalismo e tantas coisas que pessoas sinceras abraçam pensando se tratar de mensagem de Deus. Hoje há uma grande quantidade de pastores, apóstolos, bispos, mas poucos homens de Deus que falam a verdade da palavra de Deus.

2)      Jesus deixa claro que embora a obra de Deus gere prazer na alma de quem a faz, há muitos perigos a serem enfrentados. “Ide, eu vos envio como cordeiros ao meio de lobos”(vs.3). Muitos ao se dispor a fazerem a obra de Deus se empolgam no começo, mas depois se entristecem com as dificuldades que aparecem. Jesus não enganou ninguém com falsas promessas (veja João16), antes, disse claramente: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”(Jo 16.33).

3)      Jesus fala sobre a responsabilidade de quem acolhe a Palavra de Deus ou a rejeita (vs.10-16). Muitos pensam que pregar é uma grande responsabilidade, mas posso afirmar com convicção que ouvir a Palavra de Deus é também uma enorme responsabilidade, pois após ouvir a voz de Deus, precisamos tomar atitudes que sejam coerentes com a orientação dele. Deus não “bate-papo”, quando ele fala a Palavra é lançada com propósito firme e precisa gerar frutos. É claro que nem todos se fazem uma boa terra para que a semente da Palavra de Deus frutifique. “A parábola do semeador” narrada por Jesus em Mateus 13 explica bem que há pessoas que deixam o maligno roubar a Palavra de seus corações; outros que a recebem com alegria, mas não têm raízes e não suportam a angústia e perseguição; outros ouvem a Palavra, mas não querem negar às riquezas sedutoras do mundo, e por fim, há pessoas que se fazem boa terra para Deus, e produzem muitos frutos (Mt 13.1-23).

4)      Por último, Jesus dá uma das orientações mais importantes: “Mas não vos alegreis por que os espíritos se vos submetem, alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus” (vs.20). Esta é a maior alegria, saber que somos salvos em Cristo Jesus! Muitos no dia do juízo dirão ao Senhor que fizeram todas estas coisas, mas por praticarem a iniquidade, não terão seus nomes escritos no Livro da Vida:

 “Nem todo aquele que me diz : Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres?
Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7.21,23)

O diabo não precisa nos tirar da igreja para que o nosso nome saia do Livro. Basta que estejamos em pecado para que a nossa salvação seja perdida e todo o trabalho que fizemos seja em vão, embora salvando a muitos, estaríamos perdidos.
Que esta palavra sirva de alerta, pois o diabo é o enganador e sabe que é mais fácil alguém que está no mundo vir a Cristo e ser salvo do que alguém que entra em pecado, confessar a sua culpa e deixar de vez o pecado para alcançar perdão de Deus, mas a oração intercessora tem poder levar o pecador ao perdão de Deus (Tg 5.15-16).

Adiante temos ainda algumas lições importantes a aprender se queremos andar com Cristo e segui-lo por onde quer que for. Lucas 12.4 trata mais uma vez sobre os perigos de morte que correriam os seus discípulos.

Embora houvesse mesmo os perigos, Jesus deixou claro que pior é não fazer a obra de Deus, pois os homens representam menor perigo se comparados com Deus. Além disto, os discípulos não deveriam pensar que estariam sozinhos, pois o Senhor contempla até mesmo os passarinhos, quanto mais cuidaria Deus dos seus servos que estariam arriscando a própria vida pelo Evangelho. Importante é somente conservar a fé e não negar a Cristo diante das pressões, sabendo que só acontece em nossas vidas aquilo que tem o aval de Deus, se vida ou se morte, sempre resultará em testemunho e edificação para a obra de Deus (Mt 10.18)

Se aquele que nega a Cristo tem a sua recompensa, isto é, terá seu nome negado também diante do Pai e dos santos anjos, o que confessa o nome de Jesus em qualquer situação e não troca sua fé por nada, nem pela própria vida também tem uma recompensa. O Senhor cuida dos seus como podemos ver em Lucas 12.22-34, onde os discípulos tem promessa de que Deus os honraria provendo alimentos, vestes e tudo o que precisassem, somente não deveriam os servos do Senhor Jesus preocuparem-se com bens materiais.

 

Conclusão

É de suma importância que conheçamos o que Jesus espera de nós como seus seguidores. Jesus disse: “Se permanecerdes no meu ensinamento, verdadeiramente sereis meus discípulos, então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32). Isto significa que só podemos ser discípulos de Jesus se estivermos permanentemente nos seus ensinamentos. Muitos querem seguir a Jesus de qualquer maneira, a seu próprio modo, mas existe um jeito certo de seguir a Jesus e é o único jeito que nos faz chegar ao lugar para onde ele foi e nos espera com muitas moradas, o céu (Jo 14.2-4).

 

Em Cristo,

Luis Paulo Silva.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O chamado de Deus e suas implicações. Parte 1




Jo 1.37
Dois discípulos de João ao saberem que Jesus é superior ao seu mestre, passam imediatamente a seguir Jesus. A Bíblia não relata qualquer resistência ou dúvida, apenas a atitude de seguir ao novo mestre. Pode ser a figura do homem que busca a Deus com sinceridade mas da forma errada, ou de acordo com o que lhe foi revelado até o momento. De fato muitas pessoas boas procuram encontrar-se com Deus através da religião, boas obras, esmolas, obras beneficentes, mas nada disto é suficiente, embora sejam coisas importantes e que demonstrem a fé. Normalmente isto funciona como um caminho para o caminho. Deus reconhece o esforço do homem e lhe concede a oportunidade de conhecê-lo quando o homem demonstra disposição para tal. E esta disposição foi manifesta ao ouvir a mensagem "eis o Cordeiro de Deus". Tendo esta nova revelação, por que continuar seguindo a outro? Infelizmente muitos religiosos mesmo após ter a revelação completa do Filho de Deus, ainda querem continuar com as suas práticas inúteis.
Um exemplo interessante, é o de Cornélio, narrado em Atos 10. Este homem vivia uma vida dedicada e esforçada, tinha todas as obras que um cristão autêntico deve praticar como efeito de sua fé, mas ainda não conhecia a Jesus Cristo e isto tornava suas obras inúteis para salvá-lo. A salvação não provém nem somente da fé, nem das obras, mas da graça de Deus que é alcançada fé e resulta em obras (leia Romanos 11.6; Gálatas 3.16; Romanos 3.23,24). Conheço pessoas que praticam com muita sinceridade e amor uma religião, mas que diferente destes dois discípulos de João, não estão dispostas a deixar tudo para se encontrar com Cristo.

Jo 1.42
Quando Jesus se encontra com Simão pela primeira vez, logo muda-lhe o nome para Cefas (ou Pedro). Simão era irmão de um dos discípulos de João que passaram a seguir a Jesus. A mudança de nome faz referência a missão que Deus o escolhera para realizar como um dos principais líderes da igreja primitiva (Leia Mateus 16.18; João 21.15-18), e nos revela algo muito importante: A escolha de Deus obre nós resulta em novo propósito de vida, nova direção. Embora Jesus tivesse escolhido a Simão, este ainda não havia escolhido a Jesus. Isto quer dizer que Simão ainda não havia respondido positivamente ao chamado pois lhe faltava uma experiência forte o suficiente para o despertar. O texto que segue esclarece mais sobre isto.

Lc 5
Neste texto vemos Pedro como o homem a quem Jesus já havia designado uma missão pois havia mudado-lhe o nome, mas sem resposta. Somente após a pesca maravilhosa foi que Pedro "deixou tudo e o seguiu". Como já citei, Pedo aqui representa o homem que foi escolhido por Deus mas não escolheu a Deus ainda. Está tão envolvido com os seus afazeres mundanos, que mesmo tendo visto a Deus pessoalmente, e ouvido a sua palavra em seu próprio barco (verso 3) ainda se recusa a se entregar a Deus. O quadro muda quando Jesus o mostra que todo o seu esforço em ganhar a vida de nada vale, pois com Jesus no seu barco haveria provisão, satisfação, e muito mais que ele sequer podia imaginar. Este homem duro foi o mesmo que no dia de pentecostes pregou e trouxe em sua rede quase três mil pessoas para o reino de Deus, pois Jesus o fez um pescador de homens!(verso 10).