sábado, 10 de junho de 2017

Ministério pastoral é para mulheres?

Por Luis Paulo Silva

O debate sobre o ministério pastoral da mulher é atual e relevante para a igreja cristã. Qual é a relevância? Se é o Senhor quem dá à igreja os seus dons ministeriais, ficamos diante de duas situações: Se reprovarmos o pastorado feminino e ele for bíblico, pecamos; se aprovamos o ministério pastoral feminino e a Palavra de Deus não ordena tal coisa, também pecamos. Precisamos descobrir o que a Bíblia fala a este respeito.

Fiz uma outra postagem sobre uma troca de mensagens que tive com um certo pastor que apoia o ministério pastoral feminino. Além deste evento, com o passar do tempo discuti este assunto em diversas ocasiões e em meio aos ataques e defesas, observei um fato muito interessante: Aqueles que defendem o ministério pastoral feminino trazem alguns argumentos dentre os quais posso destacar: primeiro, o argumento sociológico (a posição da mulher nos tempos atuais); segundo, o argumento sobre a cultura da época (a Bíblia não apoia devido à cultura da época); terceiro, apelam ao pragmatismo (se funciona, é certo) e por fim, em quarto lugar, apresentam textos bíblicos que demonstram as atividades femininas nas cartas paulinas e nos evangelhos para provar que é correto ordenar mulheres ao ministério pastoral.

Gostaria de apresentar as refutações a cada um destes argumentos e às interpretações errôneas dos textos usados para defesa do ministério pastoral feminino, tendo como premissa que Palavra de Deus é suficiente para nos dar respostas e nossa única regra de fé e prática, e por isto permaneço aberto às refutações desde que sejam bíblicas.

Para evitar que eu seja entendido erroneamente, gostaria de deixar muito claro que:
1° As mulheres têm papéis indispensáveis na igreja (são citadas frequentemente nos evangelhos e cartas paulinas);
2° As mulheres não só podem mas devem ser propagadoras do Evangelho de Cristo (isto é papel de todo crente, ordenado ao ministério ou não, homem ou mulher).

Este artigo será dividido em três partes principais: Refutações aos argumentos mais utilizados em defesa do ministério pastoral feminino; Refutações aos textos bíblicos utilizados em defesa do ministério pastoral feminino e por último, Textos bíblicos que descartam a possibilidade de liderança feminina.


Refutações aos argumentos mais utilizados em defesa do ministério pastoral feminino:



O argumento sociológico: "As mulheres ocupam lugares de destaque hoje nas empresas e até no governo! Elas são vistas como seres humanos iguais aos homens e tão capazes quanto eles de realizarem qualquer tarefa. Você não teve uma professora na faculdade? Nunca teve uma chefe no trabalho? Por que não pode então a mulher se uma pastora?"

Resposta: A Palavra de Deus não faz afirmações sobre como empresas devem funcionar, se é melhor promover uma pessoa do sexo masculino ou feminino aos cargos de gestão. Se uma mulher é mais competente do que um homem, ela deve ter prioridade dada a sua capacidade superior aos demais inclusive de outras mulheres, normalmente fruto de esforço pessoal. Se numa democracia o povo elege uma mulher para tomar a liderança de um país, assim deve ser e Deus não tem prescrições em sua Palavra sobre estes detalhes seculares. Quando tratamos de ministério eclesiástico, por outro lado, temos orientações claras e precisas na Bíblia sobre quem deve ser ordenado, as qualidades necessárias, e um destes requisitos é se seja um homem, não qualquer homem, mas um homem vocacionado e devidamente capacitado para a obra e de bom testemunho.
Há uma ordem natural declarada na carta de Paulo "Deus é o cabeça de Cristo, Cristo do homem e o homem da mulher" (1 Co 11.3). Assim como o fato de Deus ser o cabeça de Cristo não faz do Filho inferior ao Pai, assim também a mulher não é inferior ao homem, a distinção é hierárquica apenas.

O argumento cultural: "Na época de Paulo, as mulheres nem eram alfabetizadas! Paulo poderia ter ordenado mulheres sem problema algum se a sociedade daquela época não visse as mulheres como meros objetos dos homens."
Resposta: Jesus não se preocupou em quebrar paradigmas culturais da sociedade de seu tempo. Relacionou-se com samaritanos, manteve contato com mulheres pecadoras, publicanos, escolheu homens simples que em nada impressionavam por suas qualificações, Jesus não precisava da aprovação da sociedade para escolher seus seguidores, se quisesse escolher mulheres para compor o colégio apostólico, poderia ter feito. Dizer que Paulo escreveu suas orientações proibindo a mulher de exercer autoridade na igreja por que isto era coerente com a cultura da época, abre precedentes inclusive para aceitação e ordenação de homossexuais nas igrejas cristãs, afinal, se é verdade que ele escreveu o que escreveu por causa da cultura da época, quem pode negar que as afirmações nas epístolas à respeito da homossexualidade também não o foram pelo mesmo motivo. Se achamos argumentos para defender a ordenação feminina, o mesmo princípio nos obriga a ordenar homossexuais.

O argumento pragmático: "As mulheres vão aos lugares que os homens não têm coragem de ir! Eu conheço uma pastora que é muito usada por Deus, como Deus a usa se ele não concorda com a ordenação de mulheres? Paulo era um machista!!!"
No Éden, Deus colocou Adão e Eva, Adão como líder e Eva como sua ajudadora. No dilúvio, Deus falou com Noé, que era o líder de sua casa e não com sua esposa. Ao formar um povo que o buscasse, chamou Abraão, incluiu Sara na promessa mas tratava diretamente com Abraão que era o líder. Ao formar as tribo de Israel e não a filha, Deus escolheu os filhos homens de Jacó para serem líderes de suas tribos. Ao libertar o seu povo do Egito usou Moisés e Arão seu irmão para liderar o povo, separou a tribo de Levi para o sacerdócio e os sacerdotes eram sempre homens. Dos profetas levantados por Deus com palavras de correção para o povo ficaram registrados para nós no cânon os profetas maiores e menores, todos homens. Ao descer do céu e tomar forma humana, o Criador tornou-se homem, nos ensinou a orar ao Pai e não à mãe. Escolheu doze apóstolos, e quando Judas deixou o seu apostolado havia duas opções masculinas, dos quais Matias foi escolhido, ao chamar outro apóstolo, escolheu Paulo que era homem e que ensinou de acordo com a inspiração divina do Espírito Santo sobre os requisitos necessários para os que fossem escolhidos para líderes da igrejas que deveriam ser homens capacitados e que governassem bem as suas casas. João escreve cartas às sete igrejas da Ásia Menor, todos homens. Quem era machista? Paulo? O Espírito Santo que o inspirou? O Pai ou o Filho? 
Vemos na Bíblia Deus se utilizando de mulheres, crianças, jovens, e até uma jumenta para realizar a sua vontade! Mas será que este é o ideal? 
"Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo meu! Os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas". Isaías 3.12


Refutações aos textos bíblicos utilizados em defesa do ministério pastoral feminino


Êxodo 15.20 “A profetisa Míriam, que era irmã de Arão...”
2Rs 22.14 “Então, os sacerdotes... foram ter com a profetisa Hulda.”

Ne 6.14 “... profetisa Noadia e dos mais profetas ...”

Lc 2.36 “Havia uma profetisa, chamada Ana...”
At 21.9 “Ele tinha quatro filhas solteiras que profetizavam.”

Profetas não eram dons de liderança para o povo. Eram levantados por Deus para proclamar a Palavra de Deus em tempos de rebeldia do povo de Israel e Judá, como Hulda por exemplo. Ana chamada de profetiza ainda está no contexto da antiga aliança. Ana estava no templo, mas não era sacerdotisa, os sacerdotes eram a autoridade constituída por Deus. Ana poderia compartilhar com os seus conterrâneos a palavra de Deus mas não há informação alguma de que exercia alguma autoridade sobre eles. Em Atos 21.9 fala sobre irmãs que profetizavam. O ministério profético conforme havia no AT encerrou-se com João Batisa (cf. Lc 16.16). As profecias no NT não dependiam de uma ordenação especial pois tratavam-se normalmente de predições (Atos 11.28), que estavam sujeitas ao julgamento da igreja pois não eram autoridade incontestável, Paulo até falou que as mulheres para profetizar na igreja deveriam cobrir a cabeça como sinal submissão (1 Co 11.5). Diante do exposto, será correto afirmar que as profecias verbalizadas por mulheres no NT é um bom argumento para a liderança feminina na igreja, se ao fazer isto a orientação era que cobrissem a cabeça como declaração de submissão?

Juízes 4.4 “Débora, mulher de Lapidote, era profetisa, julgava a Israel naquele tempo...”
Débora era juíza de Israel como diz o texto. Seria este um texto que demonstra a aprovação de Deus à ordenação feminina ao ministério pastoral? 
A leitura do texto a seguir pode trazer luz a isto: "E disse ela: Certamente irei contigo, porém não será tua a honra da jornada que empreenderes; pois à mão de uma mulher o Senhor venderá a Sísera. E Débora se levantou, e partiu com Baraque para Quedes". (Juízes 4:9)
Analisemos que diante de uma batalha, Deus ordena que Baraque lidere a guerra, e o que ele faz? Mostra-se covarde. Mesmo para Débora que era juíza, era uma vergonha, um exercito lutar tendo à sua frente um mulher. Será que havia um homem corajoso para liderar o povo? Certamente não. Deus não deixará de cumprir seus desígnios por que alguém se tornou frouxo, mas certamente para cada mulher à frente da obra de Deus, há um ou mais homens se recusando a fazer o que Deus lhes mandou, e darão conta disto. 

João 4. 27-29 “Naquele momento chegaram os seus discípulos e ficaram admirados, pois ele estava conversando com uma mulher... Em seguida, a mulher deixou ali o seu pote, voltou até a cidade e disse a todas as pessoas: Venham ver o homem que disse tudo o que eu tenho feito. Será que ele é o Messias?”
Este texto mostra uma mulher anunciando Jesus em Samaria. Ninguém precisa ser ordenado ao ministério para pregar o Evangelho e convidar pessoas para que conheçam ao Salvador pois este é o dever de todo crente, e não só de pastores ou evangelistas.

Romanos 16.1-6 “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia, para que a recebais no Senhor como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive. Saudai Priscila e Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu querido Epêneto, primícias da Ásia para Cristo. Saudai Maria, que muito trabalhou por vós.”
Filipenses 4.3 “E a você, meu fiel companheiro de trabalho, peço que ajude essas duas irmãs. Pois elas, junto com Clemente e todos os outros meus companheiros, trabalharam muito para espalhar o evangelho. Os nomes deles estão no Livro da Vida, que pertence a Deus.”
Este texto claramente demonstra que as mulheres eram ativas na cooperadoras, e que se esforçavam para o bem estar da obra de Deus. Seria um excelente texto para citar caso a questão fosse "a mulher deve fazer o seu papel de cristãs ou não?" mas a questão não é esta. Como já afirmei há tarefas que são comuns a todos os crentes, homens ou mulheres, a saber: a pregação do evangelho ao pecador, o serviço de ajuda financeira e de outras naturezas aos que se afadigam na obra,etc.


Textos bíblicos que descartam a ordenação de liderança feminina


A Bíblia revela a vontade de Deus a respeito das qualificações da liderança da igreja? Com certeza sim e para isto leremos os texto de Timóteo 3.2-7 e Tito 1.6-9 para depois compará-los com textos prescritivos a respeito do papel da mulher no lar e também na igreja em 1 Timóteo 2.11; 

"Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;

Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;

Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia

(Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? ) ;
Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo". (Timóteo 3:2-7)



"Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.

Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;

Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante;

Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes."
(Tito 1:6-9)



"A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão."(1 Timóteo 2.11)

"Marido de uma só mulher"
Este texto refere-se a proibição da poligamia numa sociedade onde ainda havia esta prática entre aqueles que se achegavam à fé. Se houvesse pastoras nas igreja primitivas, Paulo poderia ter usado termos genéricos como "casados com uma só pessoa", mas a sua orientação pressupõe que está falando de igrejas que possuem lideranças do gênero masculino.

"Que governe bem a sua própria casa... se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?"
A liderança da igreja deve ser precedida pela liderança no lar. É claro que excetua-se o pastor que como Paulo e Timóteo seja solteiro pois neste caso há ausência de uma família que lhe seja submissa, mas quando uma mulher torna-se pastora, como poderá cumprir este requisito? 

"Não permito, porém, que a mulher ensine"
Não há outra forma de interpretar o que Paulo diz aqui. Alguém pode não concordar com ele, mas não poderá dizer que Paulo pretendia dizer algo diferente. O motivo por que Paulo faz esta proibição é declarado, não se trata de cultura, nem de machismo mas "Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher", isto é, por causa da ordem na criação, por que Deus deu à mulher o ofício de ser ajudadora do homem e por causa da queda, pois à mulher foi dito que "o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará" (Gn 3.16).

"nem use de autoridade sobre o marido"
A mulher deve submeter-se à autoridade do seu esposo assim como a igreja está sujeita a Jesus. Com o advento do feminismo e sua influência na igreja, algumas pessoas passam a interpretar que a mulher não é submissa ao marido, mas à missão dada ao marido, igualando assim a autoridade de ambos (vi certa vez uma líder se senhoras dizer isto no púlpito). A verdade é que a esposa é ajudadora do marido e submissa a ele, sim a ele e não à missão dada a ele, assim como a igreja se submete ao Senhor. "De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos." (Ef 5.24).
Será possível ordenar uma mulher ao ministério e o ministro deve governar a sua própria casa, e a mulher não tem autoridade para tal? Poderíamos repetir a fala de Paulo "se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?".


Conclusão

Há outros textos que poderiam ser citados aqui, mas creio que o que foi exposto já serve de esclarecimento para quem ainda tenha dúvidas sobre isto.
A mulher tem liberdade para ensinar outras mulheres (Tito 2.3-5) pode profetizar se impulsionada pelo Espírito Santo, como vimos alguns exemplos acima e também em (1 Co 11.5-6) e tem para Deus tanto valor quanto o homem (Gálatas 3.29). As diferenças são apenas de funções, e não de valor. Sei que há muitas mulheres no ministério pastoral e do ensino, e não posso afirmar que estão no erro, pois como vimos, Deus pode usar quem quiser para o cumprimento dos seus propósitos mas estou convencido de que estas são exceções à regra, e de caráter provisório.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Falando em Papa... que tal ler a Bíblia?



Ele (Jesus), porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição? (Mateus 15.3)
Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;
(Apóstolo Paulo na carta aos crentes de Colossos cap. 2 e verso 8)
Vivemos uma época na qual a Palavra de Deus tem sido trocada por tradições humanas. Ao invés de moldarmos os nossos corações à Palavra de Deus, somos tentados a moldá-la à nossa vontade, por isto algumas perguntas precisam ser respondidas para que entendamos as verdades essenciais da Palavra de Deus.
Alguém pode mudar algo instituído pela Palavra de Deus?
Algumas religiões e segmentos religiosos procuram colocar-se em pé de igualdade com a Bíblia afirmando ter “novas revelações” ou delegando a homens a autoridade de ensinamento que só a Bíblia tem. Vejamos este texto:
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.“ (2 Pe 1.20)
Sabemos por causa disto que a interpretação da Bíblia é um assunto a ser discutido, refletido e mesmo quando temos certeza de algo, precisamos colocar à prova da Palavra as nossas convicções. Ninguém ou nada pode ser considerado fonte única de interpretação da Bíblia. A Palavra de Deus é interpretada por ela mesma.
Existem verdades que Deus não revelou na Bíblia?
Muitas pessoas vivem à procura de uma “nova luz” que seja revelada por um profeta ou autoridade religiosa. A Bíblia diz que a verdade foi entregue de uma vez por todas, isto é, não há mais nada a ser revelado. Veja o que diz Judas 3:
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.”
Além disto, a Bíblia orienta que devemos seguir o evangelho da forma como a Bíblia orienta, e não podemos aceitar nenhum outro tipo de mensagem que não esteja contido nas Escrituras Sagradas, tais como doutrinas e dogmas humanos:
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.”
(Gl 1.8-9)
Diante destas verdades sagradas é que podemos analisar biblicamente algumas afirmações que são repetidamente feitas pelos amigos da religião católica:

Quem é a “pedra” citada por Jesus, sobre a qual Ele mesmo edificaria a sua igreja?
Paulo é quem responde no texto abaixo:
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Ef 2.20)
Leia agora estas outras citações:
“Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido.” (1 Pe 2.6)
A afirmação é feita pelo próprio Apóstolo Pedro, além disto, veja um trecho de sua pregação em Atos 4.10-11:
“Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está curado diante de vós.         
Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.”
Jesus já era profetizado como sendo a pedra fundamental onde está firmada a Igreja de Cristo. Esta é uma realidade incontestável. Baseando-se em apenas um texto bíblico mal interpretado, os amigos católicos afirmam que Pedro é a pedra fundamental da igreja, mas vamos analisar este texto de forma que não se torne contraditório aos textos já citados, afinal, a Bíblia se comparada com a Bíblia trará as respostas corretas:
Mateus 16.13-23:
E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?          
E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.
Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? 
E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.          
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo.
Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.     
E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.             
Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.
Facilmente se percebe que o tema central é sobre quem é Jesus. Pedro responde não por si mesmo apenas, mas pelos discípulos, que Jesus é o Filho de Deus.
Poderia Jesus ter colocado Pedro no lugar de pedra fundamental da Igreja, visto que o próprio Pedro, e Paulo também reconheceram mais tarde que a Pedra é Cristo conforme vimos suas citações? Com certeza não! A pedra a quem Jesus se refere, é a declaração de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Este é o fundamento, a mensagem central do Evangelho. Não existe verdadeiro cristão que não tenha esta convicção. A salvação do homem depende da aceitação desta verdade (Romanos 10.9). É sobre a verdade de que Jesus Cristo é o Filho de Deus que a verdadeira Igreja está firmada. O Apóstolo Paulo também logo ao se converter, pregava primeiramente esta mensagem conforme Atos 9.19,20.
A afirmação seguinte dá também a impressão de Jesus deu algum privilégio especial a Pedro, a chave que liga e desliga na terra e nos céus (verso 19). Se Pedro falava pelos discípulos, a palavra de Jesus era abrangente a todos os discípulos também. Isto fica evidente no livro de João 20.23, pois isto se refere ao perdão de pecados e à retenção deste mesmo perdão. Veja o texto:
“E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e aqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.”
Esta é a chave do reino. Jesus disse que daria a Pedro, num tempo futuro, e isto aconteceu após a ressurreição de Jesus Cristo, mas não foi dada esta autoridade só a Pedro, mas a todos os discípulos. Esta dádiva é repassada a todos os cristãos que andam em comunhão com Cristo, conforme podemos ler em Tiago 5.16:
“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.”
Agora chegamos ao ponto que mais me chama a atenção deste texto santo. Você já ouviu falar sobre a infalibilidade papal? Segundo os amigos católicos, o papado vem de uma linhagem direta do Apóstolo Pedro, e as decisões dos papas estão livres de erros humanos. Será que isto é verdade? Primeiro, sabendo que a Pedra é Jesus, Pedro perde essa responsabilidade. Segundo, caso Pedro fosse mesmo algum papa, já teria começado mal; veja o texto de Mateus 16.22,23 novamente:
“E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.             
Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.”
Você leu bem? Jesus chamou ao Apóstolo Pedro de Satanás? Seria correto com base neste texto dizer que Pedro e o diabo são a mesma pessoa? Claro que não, mas então por que os amigos católicos afirmam com tanta veemência que Pedro é a pedra fundamental de Igreja baseados no mesmo texto?
Este é só uma das muitas falhas de Pedro, até Paulo certa vez o repreendeu duramente. Leia Gálatas 2.11:
“E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.”
Quer dizer então que Pedro podia errar e o papa não; Pedro podia casar-se e os padres não? Cadê a base BÍBLICA para tantas doutrinas estranhas? Será que estão os católicos acrescentando coisas à Bíblia que não foi da vontade de Deus acrescentar?
Há muito o que dizer ainda: Quem é a verdadeira Igreja, Batismo de crianças, Santa Ceia, veneração de santos, etc.   
Terei prazer em tratar cada ponto biblicamente se for necessário, mas só nisto que vimos neste breve e raso estudo, já podemos perceber que existe um povo que não lê a Bíblia e está sendo enganado por sua tradição.
Orgulham-se tanto da idade de sua religião esquecendo-se de que na maior parte deste tempo, a “santa” Igreja Católica Romana perseguiu verdadeiros cristãos, queimando-os vivos por professarem fé em Cristo e não nas suas doutrinas estranhas à Palavra de Deus. Proibiam os fiéis de ler as Sagradas Escrituras ignorando o que diz a Santa Bíblia em Salmos 119.130: A exposição das tuas palavras dá luz, dá entendimento aos símplices.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Testemunha de quem? Parte 3


“por que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

Vamos analisar juntos, os textos em questão?

Este texto é profético e se refere a Jesus Cristo. Quem nos diz isto é o próprio apóstolo Paulo, que citou a referência de Joel 2.32, Deuteronômio 30.11-14, Isaías 28.16 e os relacionou à pessoa de Jesus. O problema que muitos veem com este texto não é de tradução, é de leitura e revelação mesmo. Procuram se basear em termos da linguagem original e deixam de analisar o óbvio dos textos.

DEUTERONÔMIO 30.11-14:

11 Ora, este mandamento que hoje te ordeno não te é difícil demais, nem está longe de ti.
12 Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir para que o cumpramos?    
13 Nem está do outro lado do mar, para dizeres: Quem atravessará por nós o mar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir para que o cumpramos?             
14 Pois a palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires.

JOEL 2.28,32:

28 E depois derramarei do meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
32 E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; por que no monte de Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor disse, entre os restantes que o Senhor chamar.

ISAIAS 28.16:

Portanto assim diz o Senhor Deus: Vede, assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crê não será confundido.

Destaco aqui alguns fatores essenciais à compreensão de Romanos 10.8:

Primeiro: Deus diz que obedecer à palavra de Deus está ao alcance do homem. Não pode isto se referir à lei, pois ninguém, exceto Jesus conseguiu cumprir a Lei (Rm 10.4), e cumpriu por nós. Segundo: Joel profetiza que depois do derramamento do Espírito Santo (ou Espírito de Deus), todo o homem que invocar ao nome do Senhor será salvo. Quando ocorreu o derramamento de Espírito de Deus? Em Atos 2, no Novo Testamento. E o que aconteceu depois disto e até hoje? Pessoas no mundo inteiro são salvas invocando o nome do Senhor: Jesus Cristo. Já vimos que o próprio apóstolo Paulo foi salvo invocando ao nome de Jesus (At 22.16), e que os cristãos primitivos invocavam o nome de Jesus (1 Co 1.2). A Bíblia também revela que Jesus é esta pedra sobre a qual estamos firmados e não seremos confundidos (Rm 9.33; Ef 2.20; 1Pe 2.6-8).

Observe que Paulo repete a leitura que fizemos dos textos sagrados, mas desta vez com a revelação de Deus, mostrando que se referem a Cristo:

Romanos 10.5-13:

5 Moisés descreve a justiça que é pela lei dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas.
6 Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, trazer do alto a Cristo)               
7 Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a levantar a Cristo dentre os mortos?)              
8 Mas que diz? A palavra está junto de ti; está na tua boca e no teu coração, isto é, a palavra que pregamos.  
9 Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.       
10 Pois com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
11 Como diz a escritura: Todo que nele crê não será confundido.           
12 Pois não há diferença entre judeu e grego; um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam,               
13 por que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Invocar ao nome do Senhor se refere à confissão de fé, que se feita com propósito e sinceridade de coração, salva o homem, é o primeiro passo para uma vida de santificação e comunhão com Deus. É uma promessa para os nossos dias.

Respondida a maior questão de todos os tempos, aquilo que a religião não pode nos dar: O que fazer para ser salvo? A resposta é clara:

“Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”

Confessar a Jesus Cristo como Senhor, é muito mais do que as TJ’s ensinam, é algo tão profundo que só pode acontecer por intermédio do Espírito Santo conforme 1 Coríntios 12.3 que diz: “ninguém pode dizer que Jesus é Senhor senão pelo Espírito Santo”. Se “Senhor” com referência a Cristo fosse somente uma forma respeitosa de chamar, qualquer um poderia assim chama-lo sem a necessidade de revelação da parte de Deus. O problema é que os citamos amigos têm a revelação de baixo, da religião, mas a Bíblia nos ensina a buscar a revelação pelo Espírito Santo.

Os judeus, por exemplo, recusavam-se chamar César de Senhor, pois isto seria idolatria, mas os cristãos primitivos, não apenas reconheciam que Jesus é o único Senhor (1 Coríntios 8.6), como o invocavam para salvação.

Quer saber se alguém está no caminho certo para a salvação? Pergunte a esta pessoa: Amigo, que é o único Senhor da sua vida?

 O que será que Paulo responderia a esta pergunta? Leia você mesmo na Bíblia Sagrada:

1 Coríntios 1.2: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor tanto deles, como nosso.

Romanos 1.2: Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus.

 

A salvação e perdão de pecados dependem diretamente de reconhecer quem é Jesus:

João 8.23:

Por isto vos disse que morrereis em vossos pecados; por que, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados.

Continua...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Jesus deve ser o centro da nossa vida e pregação!

Testemunha de quem? – Parte 2
Após receber uma reposta muito interessante em minha página do Facebook, sobre o tema “Testemunha de quem?”, resolvi postar a resposta diretamente neste blog, devido ao tamanho do texto.
Testemunhamos a Cristo por que é assim que a Bíblia ensina e ponto. Jesus testemunha de seu Pai, Deus, e nós levamos o testemunho de Cristo, justamente por que só Cristo nos conduz ao Pai. Quero dizer que a mensagem do evangelho é cristocêntrica, pois assim era a mensagem que Paulo pregava como veremos a seguir nas referências que serão citadas.
Romanos 10.13: “por que: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”
Paulo escreveu esta carta aos irmãos que estavam em Roma, e citou um texto do AT que se encontra em Joel 2.32. A Bíblia está cheia de referências ao “nome do Senhor”, inclusive o mandamento que diz “não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”. Os judeus temem tanto este mandamento que até hoje muitos se referem a Deus como “O Nome”.
Quando a Bíblia fala sobre o nome de Deus, refere-se à sua personalidade única e poder. É a referência à pessoa de Deus, mesmo que chamemos de Pai, como fez Jesus em suas orações, ou Senhor, ou Deus. A Bíblia em Mateus 28.19 nos manda batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: O nome do Pai ninguém sabe exatamente, apenas sabemos como os antigos judeus o chamavam, o nome do Filho é Jesus, mas este é o nome dele quando foi encarnado, ninguém sabe qual é seu verdadeiro nome, embora seja chamado nos céus de “A Palavra”, conforme Apocalipse 19.13, e o nome do Espírito Santo a Bíblia também não revela. É claro que quando ela diz “batizando-os no nome do...” está se referindo à autoridade que há de Deus em nós para batizarmos com o aval d’Ele.
Outro exemplo interessante é encontrado no livro de Números 6.27: “assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei”. Pôr o nome de Deus neste caso não é chamá-los por algum nome pessoal dado a Deus, mas abençoar em nome do Senhor, isto é na obediência à Palavra do Senhor, com a autoridade do Senhor Deus.
Jesus Cristo é o Senhor, e é invocado pelos seus servos. Veja as referências:
1 Coríntios 1.2: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor tanto deles, como nosso.
“Senhor” neste texto é muito mais do que um pronome de tratamento. Isto fica claro no texto de 2 Coríntios 12.3 que diz: “ninguém pode dizer que Jesus é Senhor senão pelo Espírito Santo”. Se “Senhor” com referência a Cristo fosse somente uma forma respeitosa de chamar, qualquer um poderia assim chama-lo sem a necessidade de revelação da parte de Deus. Mas chamar a Jesus de “Senhor” significa muito mais, é reconhecê-lo como Filho de Deus, que tem portando a mesma essência do Pai. Como diz o texto de João 5.22: “Para que todos honrem ao Filho assim como honram ao Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou”.
Ora, a Bíblia diz que há um só Senhor: “para nós, contudo, há um só Deus, o Pai, de quem é todas as coisas e para quem nós existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por quem são todas as coisas, e nós outros, por ele.” (1 Coríntios 8.6)
Único Senhor dito neste texto se referindo a Jesus pode ser lido sendo referido ao Pai em Deuteronômio 6.4: “Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor.”
Tanto Pai como Filho, são chamados de único Senhor, e a Palavra diz em Romanos 10.13: “por que: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
A grande pergunta é: Se os irmãos em todo lugar invocavam ao nome do Senhor Jesus como disse Paulo no texto de 1° Coríntios cap.1, e se todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, a quem Paulo clamou para ser salvo? A Bíblia responde então leia com atenção:
Atos 22.14-15:
O Deus de nossos pais te designou de antemão para conhecer a sua vontade, ver o Justo e ouvires uma voz da sua boca, por que hás de ser sua testemunha para com todos os homens das coisas que tens visto e ouvido.  Agora por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava teus pecados, invocando o seu nome.
Quem foi este, chamado de “Justo” a quem Paulo viu, ouviu, foi testemunha, e foi lavado dos pecados pelo batismo invocando o seu nome? Novamente a Bíblia responde:
Atos 9.3-5,17:
“Caminhando ele, ao aproximar-se de Damasco, subitamente resplandeceu em redor dele uma luz do céu; e caindo em terra ouviu uma voz dizer-lhe: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus a quem tu persegues.
“Saulo, irmão, o Senhor Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo.”

Diante destas verdades bíblicas, podemos compreender por que a mensagem de Paulo tinha Cristo no início, meio, e fim. Sempre.
Continuemos no livro de 1° Coríntios onde percebemos o teor da mensagem de Paulo, o maior pregador evangélico que já existiu:
Cap. 1, vs. 17: “Pois Cristo enviou-me não para batizar, mas para evangelizar...”
Cap. 1, vs. 23: “mas nós pregamos a Cristo crucificado...”
Cap. 1, vs. 24: “mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus...”
Este é lindo: Cap. 2, vs. 2: “Pois nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado...”
Cap. 3, vs. 11: “Pois ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.
Cap. 4, vs. 10: “Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo!”
Cap. 4, vs. 15: ”pois eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo...”
Cap. 11, vs. 1: “sede meus imitadores como eu sou de Cristo”.
Filipenses 1.21: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”
Gálatas 2.20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”
O que foi que Paulo disse ao rei Agripa?
Atos 26.15,18: “Disse eu: Quem és, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus a quem tu persegues; mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci, para te fazer ministro e testemunha, tanto das coisas em que me tens visto, como daquelas que te hei de aparecer; livrando-te deste povo e dos gentios, aos quais te envio para lhes abrir os olhos, a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim.”
Analise o leitor sem a minha ajuda, pesquise na Bíblia e entenda o que Deus quiser revelar.
Quando eu era mais novo, ainda solteiro, sempre que a campainha tocava pela manhã as pessoas já diziam: “É TJ, vai lá Luis Paulo”. E eu ficava um bom tempo conversando. O interessante é que já me falaram que não existe vida após a morte, que o Espírito Santo não é uma pessoa, que Jesus não é Deus, que o inferno não existe, que só 144 mil vão para o céu, etc. Nunca me disseram “vim falar sobre Jesus com você”. O foco nunca foi Cristo em nossas conversas. Nunca mesmo.
Pergunte a um TJ: O que fazer para ser salvo? Isto mesmo, pergunta a ele: se eu tiver apenas 10 minutos de vida, o que você iria sugerir para que eu me salvasse? Não daria tempo de participar de um estudo, nem de entender tantas doutrinas. Poderia eu ainda assim, do ponto de vista TJ ser salvo?
Certa vez perguntei a uma pessoa muito dedicada no salão do reino: Se eu fosse um criminoso que tomou um tiro durante um assalto, e tivesse apenas uma hora de vida num leito de hospital, que tipo de como você me evangelizaria? Eu teria esperanças de ressuscitar e viver ao seu lado no paraíso? Então este colega fez um belo discurso sobre a misericórdia de Deus, sobre mudança de atitudes, de pedir perdão a Jeová, mas no seu discuso NÃO DISSE SEQUER UMA VEZ O NOME “JESUS”, NEM FEZ QUALQUER REFERÊNCIA AO SACRIFÍCIO DE CRISTO. Chegou a dizer que se tivesse mais tempo, até deveria mostrar que mereço ser salvo, e ainda disse que a morte pagaria os meus pecados, pois o salário de pecado é a morte. Será que é este o evangelho que Paulo pregava?
Como falar de salvação sem falar de Jesus Cristo, que morreu a nossa morte para que vivêssemos a sua vida? Que pagou o preço do nosso pecado, morrendo sobre a cruz? O pecado gera morte, por isto a morte é o salário do pecado, mas quem tira de nós o pecado nos justificando perante Deus, é só Jesus Cristo, pela sua morte e ressurreição.
O ladrão da cruz não teve tempo de ser doutrinado. Foi salvo SOMENTE pela fé em Jesus e é esta fé verdadeira que o Senhor, o nosso Senhor quer plantar em nossos corações. O evangelho que Paulo pregava se baseava não em sabedoria humana, mas em poder de Deus para a salvação. Analisem com o coração aberto, sem as rédeas da religião, e que o Espírito Santo ilumine o vosso entendimento.
Em Cristo, nosso Senhor e Salvador eterno,
Luis Paulo Silva.