Houve uma canção que foi
muito reproduzida por todo o Brasil e até mesmo em rádios seculares,
programas de televisão, foram feitas versões em pagode, e outros ritmos
mais e de certa forma até enjoou, pois ninguém aguenta a mesma música
tocando em tudo quanto é lugar por meses a fio. A música diz: "como
Zaqueu quero subir".
Muitas pessoas do meio evangélico criticaram esta letra dizendo que era herética e blá blá e blá.
O
que tenho a dizer sobre isto é que independentemente da conduta boa ou
má de seu interprete ou de quem seja de fato o seu compositor, esta
música tem uma profundidade e expressa uma lição que deve ser aprendida
por todos nós.
Subir como Zaqueu não é subir como um farizeu,
como na história em que Jesus narrava em Lucas 18. Esta história fala de
um farizeu e um publicano. O farizeu se apresentava a Deus
orgulhando-se de suas boas obras, dízimos e coisas similares. O
publicano sequer ousava erguer a cabeça e pedia miseriórdia a Deus, por
isto o primeiro desceu daquele lugar humilhado mas o publicano foi
exaltado.
O subir de Zaqueu foi descer. Imaginem só que mico
ele pagou! Um homem formado de posição alta deixando sua pastinha de
lado e se enroscando numa árvore cheia de espinhos só para ver a Jesus.
Subir para Zaqueu foi se humilhar, se despir do próprio ego, limpar a casa para Deus entrar.
Subir
simboliza a renúncia que todos, sem exceção temos de fazer todos os
dias. Por mais crítico que seja, preciso olhar para a minha vida
primeiro e reconhecer os meus pecados e pontos a ser melhorados. Quando
faço isto sobra pouco tempo para procurar penas em ovos.
Aprendo
com Zaqueu que conhecer a Jesus intimamente, no aconchego do lar, exige
muita dedicação e renúncia, porém uma vez demonstrada esta vontade de
estar com Cristo, Ele se aproxima de nós e diz "desce depressa, hoje eu
vou visitar a sua casa". Você quer mesmo recebê-lo?
Em Cristo,
Luis Paulo Silva.
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